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21/02/2014Hora de trocar o carro? Como tomar essa decisão no momento certo e da melhor forma?

aren Gimenez – Master Coach de carreir



Será que existe um “momento certo” para trocar de automóvel? O que levar em consideração para tomar essa decisão?Como todo investimento, a troca de um carro não deve ser feita de maneira impulsiva. Antes de mais nada, orienta a master coach Karen Gimenez, com vasta experiência também como jornalista do setor automotivo, é preciso que o consumidor leve em conta seu estado emocional. Sim, isso mesmo!E reflita, segundo ela, a respeito de alguns pontos básicos (que, em um primeiro momento, podem até parecer que não se encaixam com a questão da troca do automóvel). São eles:

  • Como você está consigo mesmo?
  • Como anda a sua autoestima e a sua carência? Anda querendo impressionar alguém?
  • Está se sentindo inferior ao grupo de amigos por algum motivo?


“Esses fatores podem levar a uma troca não só em momento errado quanto pelo modelo errado”, pontua Karen. Ela afirma que é também preciso que a pessoa leve em conta suas crenças quando está diante desse momento:
  • Pensa em trocar de carro porque seu grupo de amigos diz que isso precisa ser feito a cada três ou quatro anos?
  • Por que seus colegas de profissão têm outro tipo de carro? Ou porque receia o que vão falar de você com um carro “antigo”? (veja bem que antigo está entre aspas)
Só depois dessa análise é que vem a questão prática:
  • Qual o estado atual do seu carro?
  • Quanto você vem gastando com ele?
  • Se você não pudesse trocá-lo, por quanto tempo ainda ele resistiria em bom estado?
  • Que outras necessidades poderiam ser supridas com esse dinheiro?
“Um vez decidida a troca, antes de escolher o modelo, minha sugestão é que a pessoa trace um breve perfil seu por escrito. Uma planilha com três colunas é um excelente instrumento”, ensina a especialista:
  • Na primeira coluna enumere suas reais necessidades: quantas pessoas vão andar no carro? Você vai levar muita bagagem ou outro tipo de material? Quantos km vai rodar por dia? Em que tipo de local? Cidade, autoestrada, estradas de terra?
  • Na outra coluna, trace o seu perfil físico e de personalidade: é alto, baixo, magro, gordo? Esportista, gosta de tecnologia, prima pelo conforto?
  • Na terceira coluna, liste sua situação financeira: quanto pode gastar por mês com o carro? Além do combustível há manutenção, IPVA, seguro, estacionamento, lavagem.
Por fim, analise essas três colunas e depois procure na internet os modelos que possam preencher a maioria dos requisitos. Pondere bem diante das opções e tente chegar ao automóvel que se adapta à sua situação do momento.Mas atenção: leve sempre em consideração antes da troca que os carros foram feitos para durar muito mais tempo do que as pessoas imaginam, desde que sejam bem cuidados e estejam com a manutenção em dia.O que essa troca pode impactar – positivamente e negativamente – no orçamento?Para responder a essa questão, o fundamental, diz Karen Gimenez, é colocar tudo na ponta do lápis sempre. “Muita gente compra o carro pela beleza ou potência – que nem sempre vai precisar – ou por a prestação caber no bolso. Esse último item é bem típico da cultura brasileira. Aí quando se depara com a manutenção, se desespera. Por isso, primeiramente é preciso pesquisar todos esses valores e compará-los tanto entre si quanto como o seu perfil”, ressalta. Se optar por um seminovo, segundo Karen, o ideal é reservar entre 10 e 15% do valor investido para uma eventual manutenção.E quando o carro é novo (zero) – quanto tempo esperar para a troca?“O tempo para trocar vai depender de tudo já exposto. Mas a hora de começar a guardar dinheiro para a compra do próximo é no exato momento em que se tira o carro – novo ou seminovo – da concessionária”, afirma a coach.Carro, ela nos lembra, é um bem que sofre depreciação, ou seja, perde valor com o tempo. “Fica muito caro pagar juros sobre algo que vai perder o valor.”Finalizando, Karen explica que o que determina a troca, além de tudo que já foi dito, “é o estado do carro e o quanto ele satisfaz suas necessidades – reais e não as oscilações emocionais”.Vale pensar a respeito!