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08/10/2014Zona Sul : lá seguro é mais barato

QUEILA ARIADNE - OTEMPO - PUBLICADO EM 06/10/2014

Quanto mais na zona Sul, mais barato é o seguro do carro. Em uma simulação de apólices em bairros das nove regionais de Belo Horizonte. Foram feitas cotações em três seguradoras e, considerando os valores intermediários, a diferença chegou a 47,7%. Um homem de 40 anos, casado, com garagem em casa, pagaria R$ 1.157,06, se morasse na Savassi, região Centro-Sul. Mas, se o endereço fosse no bairro Itapoã, na Pampulha, ele teria que pagar R$ 1.709,53.


O segundo seguro mais barato, de acordo com o levantamento, é no Buritis, região Oeste. E o segundo mais caro é no bairro Juliana, na região Norte.

“Cada empresa tem uma estratégia própria para montar os preços, mas o que todas as seguradoras mais consideram é o índice de furtos e roubos da região”, destaca o responsável pela pesquisa

O Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran), subordinado à Polícia Civil, não informa os índices de furtos e roubos por região. Mas o vice-presidente do Sindicato das Seguradoras de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal, Ângelo Vargas Garcia, explica que o campeão de sinistros é a Pampulha, seguidos das regiões Norte e Venda Nova.

“Na Pampulha, existem mais casas, ruas menos iluminadas e menor movimentação de pessoas. Portanto, é mais fácil abordar os motoristas. E também tem faculdades e muitos bares e casas noturnas. E, sobre as regiões da zona Sul, como Savassi, por exemplo, onde é que você acha que o policiamento está mais concentrado?”, avalia Garcia.


A corretora Márcia Sá, conta que o elevado índice de sinistralidade na Pampulha dificulta muito a composição dos preços. “Às vezes, as companhias não permitem nenhum tipo de desconto se o proprietário morar lá”, diz.

A diretora institucional da ProTeste, Maria Inês Dolci, explica que as seguradoras podem cobrar preços diferentes, levando em conta os diferentes riscos de cada região. “Cabe ao consumidor pesquisar bastante antes de fazer a apólice e verificar com detalhes tudo que é garantido pela cobertura e os serviços oferecidos,” diz.

Segundo Garcia, o preço reflete o comportamento da sociedade. “Se determinado local tem um maior índice de violência, a seguradora precisa precificar isso”, justifica o vice-presidente.